É o tempo da Grande Mãe

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terça-feira, 10 de maio de 2016

Altar e Instrumentos Mágicos


O altar:
O Altar é o ponto focal do Bruxo. É para onde são direcionadas as energias durante um ritual ou sortilégio. Os quatro elementos sempre estão representados de alguma forma sobre o Altar. É nele que se realizam todas as operações ritualísticas. Um altar wiccaniano não precisa ser ostentoso. Qualquer superfície plana, até mesmo o chão, pode servir para que um altar seja montado. A maioria dos altares usualmente possui água, sal, incenso, sino, flores e figuras, ou duas velas, que representam a Deusa-Mãe e o Deus Cornífero. Geralmente é voltado para o ponto cardeal norte, o quadrante mais importante da Bruxaria, ou posicionado no centro do Círculo Mágico. Os Bruxos sempre deixam seu altar montado, mas ele pode ser desmontado e remontado a cada ritual.
Um altar é, antes d tudo, o ponto de conexão ou adoração a sua deidade. Não que essa deidade não possa ser acessado sem a existência do altar, mas fundamentalmente o trabalho será extremamente simplificado com ele. Esse altar deverá ser o ponto onde residirão seus instrumentos mágicos. Como qualquer altar, para que mantenha essa conexão ativa com essa deidade, dependerá de dois fatores:
— Culto
— Oferenda
Por meio do culto, considerando esse espaço um espaço REAL de conexão com as deidades, estaremos doando a importante matéria da energia psíquica. Nossos deuses compreendem a linguagem da emoção, e como tal, o altar deverá ser o ponto de envio e recepção dessas mensagens emocionais.
Já as oferendas doam a matéria etérea (ectoplasma) tão necessárias as manifestações físicas que desejamos com a magia. Em absolutamente uma maioria de religiões, as oferendas são a forma de permuta e agradecimento pelas “graças” recebidas. Conheça bem seu panteão de culto e seus gostos. Gardner dizia:
“Pois em magia nada se consegue sem que algo seja dado em troca!”.
Oferendas são sempre essa moeda de troca.

Os  instrumentos do altar são:
— Athame:

Pronunciado A-TÂ-ME e não Á-TA-ME, este talvez seja o Instrumento mais importante de um Bruxo. Trata-se de um punhal de fio duplo e de cabo preto. Hoje, vários outros tipos de facas - que vão desde as usadas para acampar, até as mais artísticas - são utilizadas como Athames. É com ele que o Bruxo traça o Círculo Mágico, invoca os poderes, direciona a energia ou consagra os utensílios que serão usados durante o ritual. Tradicionalmente, uma pessoa não tem direito de usar um Athame até que tenha passado pelo ritual de Iniciação. É geralmente inscrito com símbolos mágicos em seu cabo e mantido embainhado enquanto não é usado. Em algumas Tradições, o Athame só é usado ritualisticamente, em outras, é utilizado para todas as finalidades mágicas. Ele simboliza o elemento Ar sobre o altar. Em certas Tradições é o símbolo do Fogo.
— Bolline:

É uma faca de cabo branco, utilizada pelo Bruxo para colher ervas, entalhar símbolos em velas, confeccionar talismãs, cortar comida ritual etc. Pode-se dizer que é o Athame multiuso do Bruxo. Muitas vezes, o Bolline é feito de prata e possui a forma de uma pequena foice. É utilizada para o corte de substâncias físicas. Entalhes de velas, corte de ervas, etc. Ligado ao elemento Ar.
— Caldeirão:


Símbolo do útero da Deusa. Feito em metal negro (afinal, metal conduz energia e o negro simboliza a Deusa, que já existia antes de todas as coisas). Nele, assim como no útero feminino, são promovidas as grandes metamorfoses (poções, queimas, etc.). Possui tradicionalmente três pequenos pés, cada um representando uma face da Deusa tríplice (Donzela, Mãe e Anciã). Ligado ao elemento Água.
— Pentáculo:

O Pentáculo é freqüentemente feito de madeira ou metal. É usado para carregar energeticamente ervas, talismãs, objetos e acessórios que serão usados num ritual, conferindo poder e força aos utensílios. Um Pentáculo sempre possui um Pentagrama inscrito e em algumas Tradições, como a Gardneriana e a Alexandrina, é gravado com outros símbolos mágicos que representam a Deusa, o Deus e o mundo, entre outras coisas. Ponto central do altar. Normalmente ligado ao elemento Terra.
— Cálice:

O Cálice é um dos símbolos do Sagrado Feminino e do ventre da Deusa. É usado para conter vinho, água e demais líquidos que forem utilizados nos ritos. Pode ser de pedra-sabão, madeira, cristal ou de qualquer outro material que pareça agradável aos olhos do Bruxo. Cálices de metal não são recomendáveis, já que podem fazer o vinho sofrer reação química e causar graves danos. Também representa o útero da Deusa, poder divino do Feminino. Ligado ao elemento Água.
— Vassoura:

Instrumento que agrega ambos os gêneros, representados no cabo (falo) e nas palhas (vagina). Usada para limpeza das áreas onde se procederão os rituais. Nos tempos antigos existiam cerimônias de fertilidade em que o bruxo acreditava que, estando com as vassouras entre as pernas (local onde se encontram os órgãos da criação), com palhas voltadas para frente, correndo entre os campos semeados e pulando, quanto mais alto fosse o seu pulo e as palhas alcançassem, mais altas seriam suas plantações e, por esse motivo, mais farta na sua colheita. Daí a crença de que bruxos voavam em vassouras.
Velas:

São utensílios indispensáveis para rituais, que simbolizam a ativação dos desejos, pedidos e a presença dos Deuses. Geralmente, ao menos duas velas são utilizadas sobre o Altar (uma para representar a Deusa e outra para representar o Deus). Usam-se também mais quatro - uma para cada quadrante. As cores de velas usadas durante o ritual podem ser alteradas dependendo do propósito do rito. Colocá-las sempre em castiçais ou utensílios à prova de fogo é uma atitude sábia, pois uma vela caída acidentalmente sobre uma toalha, tapete ou mesa de madeira pode causar incêndios. Ligada ao elemento fogo.
Varinha Mágica ou Bastão:

Feita de metal ou madeira, tem as mesmas finalidades do athame, sendo que tem sua representatividade ligada ao elemento Fogo. Pode ser normalmente substituída por uma vela de sete dias colocada ao sul do altar.Seu uso é semelhante ao do Athame, ou seja, para traçar símbolos no ar ou no solo, consagrar alimentos e invocar, direcionar ou manipular energias. Um Bastão é quase sempre confeccionado com madeira ou metal. Tradicionalmente, tem o tamanho que vai do cotovelo à ponta do dedo médio. É o símbolo do elemento fogo sobre o altar. Algumas Tradições, no entanto, conferem-lhe a virtude de representar o ar.
Incensório:

É usado para conter o incenso que será usado no ritual e carregado por toda a sala onde um rito será realizado, para que a fumaça do incenso purifique o local. Seus modelos podem ir desde os turíbulos tradicionais, aos modernos porta-incensos de madeira.
—Incensos
:
 Acredita-se que a fumaça criada pelos incensos elevam nossos desejos e palavras ao mundo dos Deuses. Além de propiciarem um agradável aroma no local em que se está trabalhando magicamente, os incensos purificam e harmonizam o ambiente. Diferentes rituais requerem diferentes aromas de incenso.
—Manto ou Tabardos:



Enquanto alguns Bruxos preferem fazer seus rituais vestidos de Lua(nudez), outros optam por trabalhar com vestes cerimoniais. O preto é a cor padrão, mas muitas vezes outras cores também são utilizadas. Alguns Covens usam vermelho para Lua cheia e branco para aqueles que ainda estão em período de aprendizado'. Geralmente, um manto é confeccionado com fibras naturais. Cuidado é aconselhável sempre ao se realizar rituais com essas vestes, principalmente se não forem feitas com tecidos à prova de fogo.
—Cordões:

Muitos Bruxos usam cordas de várias cores. O tamanho dos cordões geralmente é de nove pés (três metros), o tamanho tradicional do Círculo Mágico. Muitas vezes são usados como parte integrante de feitiços ou podem simplesmente ser o próprio feitiço em si quando trabalhadas corretamente. O Feitiço mais tradicional é o dos nós, no qual um número específico de nós é atado ao longo do cordão, enquanto se recitam encantamentos e afirmações. Em geral, um Bruxo tem nove cordões de cores diferentes, cada uma com um significado específico.
—Sino:


 É usado para marcar o início e o fim dos rituais ou para chamar a atenção dos membros do Coven para algum momento importante do ritual. Acredita-se que vibre deste para outro plano, criando uma ponte em que a comunicação entre Deuses e homens torna-se possível.
—Livro das Sombras:

O Livro das Sombras é o Diário Mágico do Bruxo, no qual registra seus avanços, suas descobertas e tentativas. Quando se faz parte de um Coven é comum haver um Livro das Sombras específico que é copiado por todos os Iniciados e que revela os ritos sagrados da Tradição no qual se foi Iniciado. Geralmente, o Livro das Sombras possui a capa e a contracapa pretas.Lembrando que Livros das sombras difere de Grimório
Grimório:

O grimório é um livro exclusivamente de feitiços,encantos e invocações,é um intrumento para bruxos mais experientes,que já tem um carga maior de sabedoria,ele deve ser confeccionado,inteiramente pelas mãos do bruxo enquanto esse invoca seus poderes e energias,o grimório normalmente  é algo secreto que só o seu dono tem acesso.



Consagrando os Instrumentos Mágicos
Toda matéria é facilmente impregnada por energias. Um simples toque, carregado de carga emocional e psíquica, é o bastante para a impregnação de um objeto. Assim, não aconselhamos que coloque diretamente um objeto comprado em seu altar. Você poderá estar colocando energias não muito saudáveis em contato direto com sua deidade ou em seu ponto de conexão e culto com a mesma. O mesmo em seus trabalhos de magia. Todo e qualquer objeto que fará parte de seu culto e prática deverá se consagrado e purificado, possibilitando assim que as energias anteriormente impregnadas sejam purificadas e substituídas por sua energia pessoal.
Ritual de Consagração
Se tiver consagrado todos os instrumentos mágicos pela primeira vez, arrume seu altar conforme indicado anteriormente. Um erro freqüentemente cometido seria o de afirmar ser necessária a criação de um espaço mágicko (círculo) para a consagração de instrumentos. Veremos adiante que a principal função de um círculo é a de tornar determinado espaço extrafísico compatível para a recepção das energias dos Deuses. Num ato de consagração não teremos a necessidade de evocar as energias divinas. Além do que, já se perguntou como poderia abrir esse espaço sem suas ferramentas devidamente consagradas? Um paradoxo! Altar pronto com vela do sul acesa, incensos queimando, um pote com água e sal. Pegue o instrumento, nesse caso com seu athame, enterre a ponta da lâmina no pote e diga:
“Eu te consagro e abençôo pelo místico e antigo elemento terra. Para que obtenhas dele Suas características de firmeza, materialização e resistência. Que possa ser capaz de direcionar as energias evocadas com fertilidade!”

Proceda da mesma forma com cada um dos elementos na ordem: Terra, Ar, Fogo e Água. Apenas lembre-se de desejar para cada instrumento suas características próprias, bem como as características do próprio elemento. Terminada essa parte, pegue o instrumento, concentre-se no desejo de purificação do mesmo e sopre três vezes sobre ele (sopro frio, normal) para purificação. Mais adiante nesta obra explicaremos a diferença do que chamamos de respiração ódica, entre o sopro frio e o sopro quente. Seus instrumentos estarão consagrados. Lembre-se de sempre reconsagrá-los caso uma pessoa toque nos mesmos. Mas não devemos nos tornar “hipomagíackos” (hipocondríacos de magia). Se seu gato ou seu filho tocarem esses instrumentos, não existe a necessidade de uma reconsagração.
Blessed Be
Sacerdotisa Janah

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